Reprodução
Os chinchilas atingem a maturidade sexual por volta dos 8 meses. Por este motivo, não é recomendado juntar fêmea com macho antes dela atingir esta idade, pois o organismo da fêmea ainda não está suficientemente desenvolvido para gerar filhotes. (De preferência nem junte!)
A fêmea entra no cio a cada 28 dias, como os humanos, e o cio dura de 3 a 5 dias podendo apresentar irregularidades. Durante o cio, o macho fica mais agitado e emite sons característicos, que você pode identificar na página “Sons que emitem”. Quando querem namorar, os chinchilas abanam o rabo, como um cachorrinho. O acasalamento ocorre geralmente à noite e é comum encontrar na gaiola o “stopper,”, um fluido gelatinoso composto por sêmen e secreção vaginal que sai de 1 hora a 2 dias após o acasalamento, servindo para reter o sêmen e aumentar as chances de fecundação.

O “stopper” expelido é uma secreção esbranquiçada, no formato de um preservativo. Depois de expelido e após algumas horas em contato com o oxigênio ele adquire uma cor amarelada como cera de abelha. Porém, ao encontrar o “stopper”, não há garantia de fecundação, como também não o encontrar não significa que não ocorreu o acasalamento porque os chinchilas podem comê-lo.

O período da gestação de um chinchila fêmea é de 111 dias (podendo ocorrer pequenas variações) e em média nasce um ou dois filhotes, e bem raramente nascem 3 ou 4. é comum a perda de peso da mamãe chinchila no início da gestação e nos primeiros 60 dias é comum que ganhe entre 10 a 20 gramas por semana e próximo dos 90 dias mantém o peso. Nos próximos 21 dias seguinte o peso final estimará a quantidade aproximada de filhotes, sendo 80gr – 1 filhote, 100gr – 2 filhotes e acima de 150g – 3 a 4 filhotes. Mas tenha muito cuidado e não apalpe a barriga para tentar ver quantos são os filhotes pois isso pode prejudicar o desenvolvimento dos bebês e até mesmo acarrear um aborto!
Pode ocorrer também durante a gravidez a tricofagia na mãe seja ela em si mesma, no parceiro ou concomitantemente.
Gestação
Quando se aproxima a hora do parto, a fêmea se encontra em um lugar inusitado na gaiola: ela procura um local para dar à luz. Ela geralmente escolhe um lugar onde normalmente não vai, então você logo suspeitará que “há algo estranho no ar” e, idealmente – se a gaiola não for trocada – ela dará à luz naquele lugar nos próximos dias. Nos dias que antecedem o nascimento, os filhotes mexem muito na barriga da mãe (você pode imaginar o movimento), ela fica mais cansada e irritada (às vezes muito territorial e pode agredir o pai), passa mais tempo visitando o local onde escolheu como ninho e o macho ainda tenta acasalar com ela. Normalmente, se perceberem essas situações juntos, os filhotes não demorarão mais de 10 dias para nascer.

O trabalho de parto geralmente ocorre entre o amanhecer e o meio-dia, e o tempo entre o início das contrações e o parto varia de chinchila para chinchila. O chinchila alterna entre contrações e alongamentos do corpo, e às vezes tenta se esticar sobre a forração para facilitar o nascimento. Os filhotes nascem peludos, bem molhados e com os olhos já abertos. Depois de algumas horas, a pelagem estará seca e eles se atrevem a dar uma volta na gaiola.

Às vezes, a mãe vira o filhote para secar, mas nem todas as fêmeas fazem isso. Normalmente, a mãe tenta limpar o local de nascimento comendo o sangue da placenta que ficou na maravalha (comportamento natural para não atrair a atenção de predadores). No entanto, se ela não fizer essa limpeza dentro de algumas horas após o nascimento, você deve remover a placenta ou restos de sangue da gaiola.
O banho da fêmea deve ser suspenso por 10 dias após o parto tanto para evitar infecção vaginal quanto para evitar irritação nos olhos dos filhotes (com possibilidade de evoluir para uma conjuntivite). O macho deve ser separado logo após o parto pois a fêmea imediatamente entra no cio. Devem ficar separados por 7 dias com as gaiolas bem próximas para não perderem o contato visual e olfativo. Depois da abstinência, o macho pode retornar e ele irá ajudar a cuidar dos filhotes. Evite o desgaste da fêmea não permitindo acasalamento nos 3 meses seguintes ao parto.
Amamentação

A mamãe chinchila possui 6 pares de tetas, sendo que 4 produzem leite. As duas superiores são as mais disputadas pois são as que produzem mais. Por este motivo, quando nasce mais de 2 chinchilas, os outros ficam menores por ficar com as ‘piores’ tetas. Em certos casos (como por exemplo nas crias de 3 ou 4 filhotes) e sob orientação veterinária, será necessário reforçar a alimentação manualmente.
Devemos recorrer à amamentação manual somente quando houver necessidade de separar o filhote da mãe caso ela não tenha leite ou esteja ocorrendo brigas feias entre os filhotes ou até mesmo entre os filhotes e a mãe.
Dica: após amamentar manualmente, faça uma leve massagem no abdômen do bebê chinchila simulando o tratamento que a mãe dá ao filhote, para evitar a formação de gases e facilitar a digestão do pequeno. Não o aperte, é uma leve massagem, passe seu dedo levemente do tórax ao baixo abdômen em movimentos descendentes (de cima para baixo) algumas vezes.

Não prive os filhotes de beberem o primeiro leite a ser secretado das mamas da mãe, o chamado colostro. Se estritamente necessário, reveze os filhotes para que todos tenham a oportunidade de beber o colostro. É muito importante para o sistema imunológico do pequeno chinchila.
Aos 10 dias de idade, aproximadamente, o filhote começa a beber água e já belisca a ração e a alfafa. Não se esqueça de baixar o bebedouro da gaiola para que o filhote também tenha acesso! Não é porque o bebê está mamando na mãe que ele não precisa beber água.
Os filhotes devem ser desmamados entre 45 e 60 dias. Um filhote, 45 dias. Dois filhotes, 50 dias. Três ou mais, 60 dias. Mais tempo do que isso desgasta a fêmea fazendo com que ela não produza um bom colostro para a próxima cria. Outro método utilizado para o desmame é aguardar que o filhote atinja o peso mínimo de 220g.